sábado, 3 de abril de 2010

Farid - Parte 1 - O mundo entra em colapso

Augusto, um cara comum, estava sentado no sofá de sua sala, tentando assistir televisão, só que não passava nada de interessante em nenhum canal, mas no momento em que Augusto iria desligar sua televisão, a programação que estava naquele canal fora interrompida para um pronunciamento, do próprio presidente do Brasil, que começou a dizer:
-Caros brasileiros e brasileiras, no século XXI fomos avisados por diversos cientistas e estudiosos da área, que isso um dia iria ocorrer, mas ninguém os escutou e agora venho lhes comunicar esta péssima notícia, dentro de um ano a água potável do mundo vai acabar, a área restante do polo-norte será derretida, os oceanos que já aumentaram tanto, tendem a aumentar mais e mais metros. Eu estou lhes comunicando isso para que se preparem para o pior, e guarde o máximo de água e comida possível e ...
Quando ia dizer mais, o local em que o presidente estava começou a desmoronar encerrando o pronunciamento antes do planejado, não se sabe se ele sobreviveu.
Após isso ter ocorrido, a programação do canal continuou, e mostrou como que estava o resultado de destruição ao redor do mundo, depois de séculos e mais séculos, enfim o mundo entrou em colapso. Todos os países do mundo foram atingidos, sem restrições, desde o norte até o sul, o planeta inteiro sofria as consequências de toda destruição que o homem ocasionou à natureza.
O ano de 2182 ficou marcado por muitos acontecimentos que abalaram o planeta, a tecnologia que até havia evoluído tanto, não servia mais de nada, perto das forças da natureza, cada país estava sozinho, onde os satélites não funcionavam mais, e com isso deixando sem uso, a internet, telefone e televisão, a comunicação ficou escassa entre os países, ocorrendo muitas vezes por código morse.
No Brasil, uma das únicas cidades que ainda restava de pé era São José, uma cidade do interior do antigo Estado de São Paulo, o restante das cidades do país eram só um amontoado de escombros. Augusto, um dos habitantes dessa cidade, que antes de tudo ocorrer havia cerca de 50 mil pessoas ali vivendo, foi mais uma das milhares e milhares de pessoas que perderam seus entes queridos, ele era recém-casado com Fernanda que voltava do trabalho da cidade vizinha e no caminho ocorreu um deslizamento de terra que soterrou o ônibus em que ela estava, ninguém sobreviveu.
Passado um ano, onde agora estamos no ano de 2183, os países ainda tentam se recompor, e outros nem existem mais, 80% de todos os continentes do mundo se tornaram desertos, a água agora é algo raro de se encontrar, e hoje serve como moeda de troca, muitas das pessoas que não morrem no "Dia do caos", hoje morrem de doenças causadas pela falta de higiene, ou de fome, ou de sede.
Augusto, com a perda de sua mulher, acaba ficando sem rumo, sem objetivos à sua vida, ele ainda tem sua casa inteira, mas agora vazia, com apenas ele lá dentro, resolveu então ajudar o planeta, pois não faria diferença se morresse ou não, o melhor era ajudar a quem necessitava naquele momento. Ele então se lembra de que seu pai lhe havia dado um livro, e lhe tinha dito também, que aquele livro já havia sido passado por muitas gerações, desde parentes remotos, que viveram na Europa na época medieval.
Outra lembrança que Augusto teve, foi de que seu pai lhe tinha dado esse livro quando completara 18 anos, e lhe disse:
-Um dia esse livro será usado por você meu filho...
-Mas quando pai?
-Você vai saber o dia certo de utilizá-lo, mas guarde-o muito bem...
Então Augusto se lembrou que tinha guardado esse livro na garagem de sua casa, num velho baú de Acapú, uma madeira avermelhada, de excelente qualidade, procurou o baú na garagem e o achou, estava um tanto empoeirado mas o estado de conservação era ótimo, então abriu a tranca antiga desse baú, e lá encontrou o livro junto de muitas outras coisas que a princípio ele não sabia o uso. Então abriu o livro, que era grande com uma capa dura preta, páginas amareladas, sem título na capa, intrigado Augusto abriu o livro e começou a ler a primeira página...

Contin

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